terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Aos meus amores

Olho para os teus olhos que riem para mim e quase não sou capaz de te negar esse capricho que ao qual, mais uma vez, tentas que eu sucumba. Atiras-te para o chão e nem sentes que te magoas, aos teus braços que esbracejam, às tuas pernas que esperneiam e à minha alma que se sente ferida e culpada.
O instinto diz-me que deva ser imperativo e te deixe escolher quem é o porto seguro a quem recorrer quando sentes não ter alternativas. Pareço-te o “mau”, aquele que não te dá espaço nem o tempo que queres para o que instintivamente sentes que é o teu espaço e o teu tempo… as tuas coisas.
És mais do que um, és subconjunto de um conjunto de três, do qual também faço parte. Não me queres partilhar mas digo-te que tudo fazemos em conjunto, nada é para ti, é para todos. Reages como se o mundo girasse ao teu redor, parece-me que esqueces que somos mais mas surpreendes-me com o teu carinho espontâneo, quando corres para mim num xi-coração rechonchudo e um beijo cheio de barulho.
O espaço que os pingos da chuva permitem, dão-me o tempo que preciso para alimentar as baterias que a vossa energia consome, a que faz os teus caracóis serem mais redondos, o branco dos teus olhos ser mais luminoso e a tua pele ser mais dourada.
Amores como os meus tem-nos quem os ama como eu…

6 comentários:

dulcineia disse...

esta última frase é-me familiar... porque será? retiras-te-a de algum lado? hmmm... juro que me é familiar, ou então tornei-a familiar porque é uma frase pequenita mas que condensa em si tremenda grandeza.

Samuel disse...

Sinceramente não a retirei mesmo de nenhum autor... e até já fui ao Google fazer uma pesquisa a ver se existe eventualmente asim disponível... colocaria entre aspas com o autor à frente. mas não duvides que se trata de algo muito grande. Provavelmente tu e o D. Quixote experimentarão algo semelhante mais lá para frente... Bem agora vais ficar a pensar!... Também não é dificil de imaginar o que seja! :)

Su disse...

Culpa... essa palavra amordaçante, que sempre dá lugar ao tempo.
Todos nós somos o centro do Universo, só que a simplicidade deles faz-nos lembrar o que fomos obrigados a esquecer.
Porque não nos ensinam na escola? Talvez porque temos que aprender que são eles a alma das grandes preocupações e das grandes alegrias.
Mas sabes, mais esperneanço mais beijo rechonchudo ... tenho inveja de ti ou será mais... pena de não ter o que tens.
E não te preocupes com nada. Um dia, quando espreitarem nessas gavetas do tempo, descobrirão o quão forte e vulnerável é um sentimento assim, que nega os caprichos justamente por amar e por se importar.

Anónimo disse...

eu acredito que não tenhas copiado, até porque eu própria pesquisei no google, não leves a mal, mas é que soa mesmo familiar... talvez alguma frase parecida!? não importa. sobre o que falas é muito nítido, primeiro pensei: ah, está a ver se nos engana e no fim fala de um cão ou um gato lol mas não, sim pode ser que um dia experimente isso de que falas, ou então não... qui sait?

Eva Luna disse...

Brindo aos teus amores!

Anónimo disse...

Cada vez me supreendes mais.
Tá bonito...muito sentido....
Jinhos grandes